O resultado do retorno de João Félix ao Al Nassr pode afetar as apostas esportivas, pois muitos punters podem considerar que sua mudança para um clube menos competitivo poderia diminuir suas chances de brilhar nos grandes palcos, afetando, assim, a percepção de seu valor em apostas futuras em gols e desempenhos individuais.
«E agora, com o número 10, o nosso menino de ouro... JO-ÃO!» E 65 mil gargantas responderiam em uníssono: «FÉ-LIX!» Seria assim, não? Até ao início da tarde de sábado, havia a justificada expectativa de que, nessa noite, a Luz viveria o momento mais aguardado da pré-época, com Rui Costa a apresentar, mais do que um reforço, um fortíssimo trunfo eleitoral.
Mais do que a estreia de Richard Ríos, a presença de José Mourinho ou a disputa da Eusébio Cup, as atenções mediáticas e dos adeptos do Benfica foram embaladas pela sempre encantadora história do regresso a casa do filho pródigo.
Porém, por pressão do Chelsea ou de Cristiano Ronaldo e Jorge Jesus, a verdade é que João Félix falhou ao encontro, deixando pendurado um estádio inteiro, e mais de um mês de namoro se esboroou em poucas horas.
Neste desvio para o Al Nassr não deixa de ser significativo que uma das primeiras exclamações que ouvi foi a de que o clube saudita vai agora juntar no plantel os dois jogadores portugueses com mais seguidores no Instagram.
Mesmo com uma longevidade notável, capaz de bater recordes e de adiar a reforma, há uns anos que os media preparam a sua orfandade para o dia em que Cristiano Ronaldo pendurar as chuteiras.
Até há não muito tempo, João Félix era visto como uma espécie de sucessor mediático. Esse fato à medida não serve a Bernardo Silva, Bruno Fernandes ou mais recentemente a Vitinha, João Neves ou Nuno Mendes.
Todos são artistas com um talento inquestionável, representam os maiores clubes do mundo e podem até levantar os mais cobiçados troféus.
Falta-lhes, porém, a atitude de vedeta e preencher os requisitos de ícone da imagem, apelativos a marcas e a redes sociais, transversal a vários públicos, mesmo àqueles a quem o futebol jogado pouco diz.
Além do fato, falta-lhes também os saltos de diva. Falar só mesmo por favor e o esgar de enjoo a cada aparição em público. Falta-lhes levantar o queixo e dar ares de contrafeito.
Nos dias de hoje, tudo isso funciona como íman para as objetivas. Mais do que culpado, Félix é vítima de um processo de crescimento acelerado, como um fruto colhido da árvore antes de ter amadurecido.
Uma vertigem absurda fez-lhe o ego entrar em órbita. Mal foi considerado «Golden Boy» não tardou a fazer uma assunção extemporânea de que mais tarde ou mais cedo seria um sério candidato à Bola de Ouro.
Félix joga, ainda hoje, com o peso de 120 milhões de euros às costas e como treina não sabemos. Soubemos é que Diego Simeone, que via os treinos e tem fama de implacável com a falta de compromisso, foi quase excomungado por cá pela forma como o excluiu.
A verdade é que, além do Atlético de Madrid, Félix também não vingou no Barcelona, no Chelsea, no Milan...
Em diferentes contextos, não faz mais de dez golos por época desde que saiu do Benfica em 2019 (aí, fez o dobro), o que é um registo medíocre para qualquer avançado.
Parecia, portanto, lógico esse regresso às origens, ao sítio onde foi feliz, para relançar a carreira e potenciar todo o seu talento.
Por estes dias, ouvi António Simões, antiga glória do Benfica, aconselhá-lo de forma lúcida: «Que ele saiba ter o brio de aproveitar o dom que Deus lhe deu.»
Para ouvir Simões, Félix teria de olhar para Bernardo Silva e Bruno Fernandes, que mesmo mais consagrados e num momento mais avançado das suas carreiras, recusaram exílio dourado das Arábias.
Ou, então, poderia ter aprendido a lição do reforço do FC Porto Gabri Veiga.
Há duas épocas, num verão quente que levou várias estrelas do Velho Continente para o Médio Oriente, os sauditas fizeram questão de contratar também uma das maiores promessas da Liga Espanhola.
Agora, aos 23 anos, Gabri, que é do Celta antes de ser portista, abdicou de quase todo o salário de 15 milhões por época que tinha no Al Ahli.
Quis voltar para perto de casa e jogar no Dragão, onde, há um ano, havia recuperado da sua lesão.
Convenhamos, mesmo sendo benfiquista, Félix tem todo o direito de querer jogar ao lado de Ronaldo, de ser treinado por Jesus e de auferir um contrário milionário inimaginável para qualquer um de nós, comuns mortais.
No entanto, não estamos também impedidos de assinalar que essa opção é incompatível com o futuro brilhante que lhe parecia destinado nos tempos de «wonderkid».
Posto de outra forma, fosse Félix um «perna de pau» e ninguém se importaria com este desperdício absurdo de talento.
Talvez o que custe mais aos adeptos seja essa desilusão de ver um jovem de uma qualidade notável minado pela falta de atitude competitiva e pela má gestão de carreira.
Ao assinar contrato com o Al Nassr, Félix firmou também uma moratória na dívida que tem para com o futebol.
Cada vez mais distante está aquele jogador inteligente, habilidoso, entusiasmante que encantou a Luz e só voltou a aparecer a espaços nos grandes palcos europeus.
Enquanto essa memória durar, o maior craque do futebol português continuará a ser o Félix hipotético.
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