City encerra temporada ‘maldita’com saída prematura do Mundial de Clubes

O desempenho inesperado do Manchester City no Mundial de Clubes, ao ser eliminado pelo Al-Hilal, pode impactar as apostas futuras, tornando as equipes brasileiras, como Palmeiras e Fluminense, favoritos nas próximas fases. Isso sugere que os apostadores podem considerar as equipes sul-americanas com uma vantagem competitiva.

Palmeiras treina sem Paulinho e Vanderlan vive ‘semana passada mais importante’ da sua vida. Jovem lateral-esquerdo deve ser titular na vaga de Piquerez, suspenso, contra o Chelsea.

A eliminação do Manchester City na segunda-feira no Mundial de Clubes pelas mãos do Al-Hilal saudita encerrou uma temporada ruim para o time inglês e confirmou que os grandes da Europa não estão se saindo tão bem neste novo torneio da Fifa.

O City chegou aos Estados Unidos após uma temporada decepcionante tanto na Inglaterra quanto na Europa, na qual não ganhou nenhum título, algo que não acontecia desde 2016/17. Mas, na fase de grupos do Mundial de Clubes, o time do técnico espanhol Pep Guardiola parecia que mudava o rumo, já que foi o único que ganhou seus três jogos e marcou 13 gols.

As contratações antes do torneio, Tijjani Reijnders, Rayan Ait-Nouri e Rayan Cherki, mostraram grande potencial, mas a sequência do City terminou abruptamente com uma derrota por 4 a 3 na prorrogação contra o time saudita em Orlando nas oitavas de final.

“Ninguém queria perder. Estamos muito acostumados a não ter férias, infelizmente, porque o calendário é uma loucura”, declarou o meio-campista Bernardo Silva, do City, à imprensa britânica após o que foi seu 61º jogo desde agosto. “Quando participamos de uma competição, levamos muito a sério e tínhamos muita ambição por este Mundial de Clubes e queríamos ganhá-lo”, acrescentou o português.

Mauro Beting: City eliminado: só não gosta deste Mundial quem não gosta de futebol. Palmeiras e Fluminense representam o Brasil no Mundial, e europeus ligam ‘alerta’ com queda do City.

Sergio Ramos, a carta do Monterrey para frear o Borussia Dortmund no Mundial. Guardiola declarou antes do jogo contra o Al-Hilal que entendia as críticas ao Mundial de Clubes do técnico alemão Jürgen Klopp, que chamou o torneio de “a pior ideia já implementada no futebol”.

“Talvez em novembro, dezembro ou janeiro seja um desastre; estamos exaustos e o Mundial nos destruiu”, refletiu Guardiola. Agora o City volta para casa quase duas semanas antes da final, e o tempo para descansar será precioso.

“Gostaríamos de ter continuado; só se pode estar aqui uma vez a cada quatro anos. Tínhamos a sensação de que o time estava indo bem, mas vamos para casa e agora é hora de descansar e nos prepararmos para a nova temporada”, disse o técnico catalão.

Faltam mais de seis semanas para o City jogar sua primeira partida da Premier League de 2025/26, fora de casa contra o Wolverhampton em 16 de agosto. Deve ser tempo suficiente para que seus jogadores descansem para enfrentar a nova temporada, incluindo Rodri. O meio-campista espanhol estava voltando à ação aos poucos depois de perder a maior parte da última temporada por lesão. Ele entrou como substituto contra o Al-Hilal, mas foi substituído na prorrogação.

“Temos de ver como está Rodri. Ele estava bem, mas depois reclamou de sua situação”, disse Guardiola. O City sai com um prêmio importante de cerca de US$ 40 milhões por sua participação no Mundial.

Sua eliminação significa que um dos semifinalistas virá de fora da Europa, já que o Al-Hilal enfrentará o Fluminense nas quartas. A equipe de Renato Gaúcho se juntou ao também brasileiro Palmeiras nas quartas após eliminar nas oitavas na segunda-feira, em outra grande surpresa, o vice-campeão da Europa, o Inter de Milão.

O time carioca provou que não deve ser subestimado, com o veterano Thiago Silva, de 40 anos e ex-jogador do Paris Saint-Germain e Chelsea, liderando sua defesa e o atacante colombiano Jhon Arias provando ser um dos jogadores mais destacados do torneio.

Desde o início do torneio, a narrativa tem sido que os times brasileiros pareciam os mais propensos a interromper o que sempre foi considerado um triunfo europeu inevitável. Mas os últimos dois anos mostraram que apenas um seleto grupo de clubes mega ricos da Saudi Pro League pode competir com os gastos da elite do Velho Continente.

O Al-Hilal, baseado em Riad, é um dos vários times sauditas controlados pelo Fundo de Investimento Público do reino da Arábia Saudita, financiado com petróleo. Perdeu o título nacional deste ano para o Al-Ittihad, de Jidá, mas é o time mais laureado da Arábia Saudita e se classificou para o Mundial graças à sua vitória na Liga dos Campeões da Ásia de 2021.

O italiano Simone Inzaghi deixou o Inter de Milão para se tornar seu técnico logo antes do torneio, assumindo um elenco cheio de jogadores vindos dos principais times europeus pelos salários astronômicos que oferecem. O Al-Hilal agora aparece como favorito contra o Flu nas quartas. O vencedor desta série enfrentará nas semifinais o vencedor da disputa entre o Chelsea e o Palmeiras.

Estadao Br